quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ensaio- Fazer com fé

FAZER COM FÉ

A vida é um constante fazer algo, o ser humano tem a necessidade de estar sempre agindo, criando o novo ou modificando o que já está feito. Isso na busca de realização pessoal, de estar de bem consigo mesmo e com Deus, ou por motivações mesquinhas e egoístas, mas o fato é que a vida é um constante fazer algo.
Quando o individuo estagna, perde a vontade de agir e fazer, há aí um desvio de conduta, em geral causado por algum distúrbio que pode ter origem no próprio individuo, influencia de terceiros, do meio em que se vive ou outros fatores. Mas a baixa auto-estima certamente estará presente neste contexto.
Mas o que fazer para atender a esse apelo da alma por realizações? E a que apelos atender? Como diferenciar o que, do ponto de vista religioso, seria um chamado de “Deus” na vida das pessoas ou a própria voz interior gritando na mente, porque a vontade de ouvir a voz de Deus pode levar as pessoas a se enganarem ou serem enganadas, às vezes até por bondade do coração, por influencia do meio ou de outras pessoas.
E o que de fato dará a plena satisfação interior? Quando as pessoas estão plenamente satisfeitas e quando apenas não estão enxergando a situação como um todo?
Vivemos em um mundo perigoso, armadilhas, caminhos que parecem serem os mais corretos às vezes levam a decepções. Por nossa fraqueza humana cegamos nossos próprios olhos, fechamos nossos ouvidos, acreditamos no que queremos, fazemos escolhas, nem sempre corretas. Isso é parte do risco que corre todo ser racional que vive e respira sobre a terra e debaixo do sol.
Mas, e quando todos apontam um caminho e temos a certeza que a direção correta é outra? Quando nossa voz interior nos diz que estamos corretos mesmo que os outros nos chamem de loucos, sonhadores?
Como identificar em que condição estamos, cegos e surdos por nossas próprias deficiências ou corajosamente lutando o bom combate e fazendo o que é certo aos olhos de “Deus” mesmo que nos digam o contrario?
É próprio da natureza humana ter uma tendência maior a acreditar que quando os outros nos apontam um caminho devamos seguir por outro. Agir como adolescentes em muitas fases e etapas da vida é uma coisa muito comum e pouco perceptível na conduta das pessoas adultas. A quem perguntar então como agir para errarmos menos? Porque nossos erros podem trazer conseqüências terríveis tanto para nós quanto para quem amamos e para quem nos ama. Perguntaremos a Deus, e Ele nos responderá, mas o problema é que talvez escolhamos nossa própria resposta e acreditaremos que foi a Dele.
Quem sabe devêssemos então deixar de fazer perguntas e passar a pedir a Deus o dom da humildade, mas humildade verdadeira, aquela que nos faz vencer o combate mais difícil, que é a luta contra nós mesmos, e então não teríamos nenhum problema em reconhecer nossos erros e recomeçar, voltar atrás, ou continuar sem venda nos olhos, sem tapar os ouvidos.
Lutar o bom combate sem importar com a maledicência do mundo, esse é o grande desafio do ser humano em busca de DEUS, e fazer com muita fé todas as coisas, as grandes e principalmente as pequenas, porque onde há boa obra e não há o reconhecimento do homem Deus está totalmente presente.

Roberto C. G. Nascimento (Betão).
Jornalista Reg. Profissional
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